reiniciando...
Coluna publicada na Vida Simples em fevereiro 2023.
Oi! Abro a porta e te arremesso essas palavras...
Oi! Abro a porta e te arremesso essas palavras. Escritas a mão num papel meio amassado, prendi num barbante invisível. Caso se conecte com o texto, pula na janela da tua imaginação. A partir de agora o barbante já tem cor de barbante, meio nude, meio off white, um branco sujo no português popular. Vem comigo!
Fim de férias. Início do ano. Em tempos do colégio esse momento era o exato divisor do ano. Não pagávamos boletos, nosso dever e compromisso, além de ajudar em casa, arrumar a cama e tals, era estudar. Ponto final. Ai de quem não estudasse. Por vezes beirei os limites, e paguei preço caro por isso. Papo pra outro dia!
Éramos estudantes, adolescentes vivendo na casa dos pais. A gente sonhava ser adulto, ter as rédeas da própria vida!
Poxa Dona Vida... nunca comentou que para ter nas mãos as rédeas da vida era preciso pagar boletos... que todo santo mês, no nosso correio eletrônico, haveria boletos ansiosos por serem pagos, do mesmo jeitinho ansiávamos a vida adulta.
Fato é: até hoje nas variadas escolhas feitas por cada um de nós esse período do ano é um novo início. Eu sei, você sabe, todo brasileiro sabe: o ano no país começa de verdade depois do carnaval.
Pro nosso encontro/texto de fevereiro planejei discorrer sobre qualquer observação, acontecimento ou devaneio vivido nas pausas desse período. Mesmo na vida dos adultos, os “meses das festas” são como o próprio adjetivo diz: festivos! Entre atividades profissionais, tive oportunidades físicas de conhecer lugares novos, reencontrar família, dar uns rolês animados. Quer dizer que mesmo na vida dos detentores de boletos, esta é uma semana de FIM de um ciclo. Ou será de INÍCIO do próximo?
Prefiro saudar o INÍCIO, de ano letivo aos que estudam, do ano de trabalho aos que seguem a estrada acompanhados de boletos e delícias da vida como ela é!
Que seja feliz o recomeço!
Saúde!
p.s: enquanto escrevo essas palavras, leio uma placa pintada a mão por artesãos de Bichinho, interior de Minas: “Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço.” Sabedoria popular, hein!
Beijos meus!
foto Daniela Batastini